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Home›Museus›Centre George Pompidou: le Beaubourg!

Centre George Pompidou: le Beaubourg!

Por Angela Nogueira
agosto 18, 2017
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Para os franceses, apenas Beaubourg!

Este é um museu que sempre procuro visitar quando vou a Paris. Seus atrativos são imensos: uma coleção MARAVILHOSA de arte moderna, uma loja com objetos de design, uma livraria incrível, exposições temporárias marcantes e inesquecíveis e uma vista incrível da cidade!

Um dos espaços de arte moderna mais impactante em Paris, sua arquitetura já é em si um convite aos olhos. Obra de renomados arquitetos, entre eles Renzo Piano, seus tubos e canos aparentes foram alvo de grandes polêmicas envolvendo diversos grupos parisienses. Aberto ao público em fevereiro de 1977, tornou-se um dos centros culturais mais frequentados e um dos monumentos mais visitados na França.

Sua história também é uma quebra de barreiras. Situado no bairro Beaubourg, no 4ème arrodisement, o Centre Georges Pompidou separa o movimentado bairro de Les Halles do charmoso bairro do Marais. A tipologia de aglomeração é de um bairro mais popular, mais agitado. Nos anos 60, o local onde foi construído o Beaubourg, era apenas um terreno vazio que servia de estacionamento. Após 100 anos da renovação realizada por Haussman, novas transformações se tornam necessárias, adaptando a cidade às novas demandas da sociedade.

E com o objetivo de renovar essa região, em 1969, o Presidente Georges Pompidou decidiu alocar o planalto do Beaubourg para a construção de um centro cultural multidisciplinar, e pela primeira vez na França, é lançado um concurso internacional para selecionar o projeto para um museu. Participaram 681 concorrentes de 49 países! Três arquitetos associados levaram o prêmio: os italianos Renzo Piano e Gianfranco Franchini e o inglês Richard Rogers. A proposta radical consistia na construção de “um prédio de informação, diversão e cultura, uma espécie de máquina, uma ferramenta informativa“, como disseram Piano e Rogers. Dentro do espírito de protesto e democratização que reinava no final da década de 60, eles queriam transformar a arquitetura convencional de museu fechado num espaço permeável, onde não houvesse limites entre a cidade e a cultura. Naquela época, eles não poderiam imaginar que seu projeto daria forma aos mais diversos museus nas próximas quatro décadas.

Como em toda quebra de padrões, sua construção foi bastante polêmica.  Muitos o associaram a uma refinaria de petróleo e durante os anos 70 ainda era combatido incessantemente pela população, o que não impedia o interesse por suas mostras, por um público cada vez maior.

Hoje, o Beaubourg é um ícone da cultura parisiense. A forte presença das cores é uma das características de sua arquitetura: o azul para a circulação de ar (climatização); o amarelo para a circulação elétrica; o verde para a circulação de água; o vermelho para a circulação de pessoas (escadas e elevadores).

E não podendo ser diferente, sua programação adotou o espírito radical do prédio e foi desde o início, interdisciplinar, reunindo diversas vertentes da arte. Este modelo se expressou também na série de exposições em todas as áreas da história cultural: arte visual, música, arquitetura, dança, etc.

Seu espaço polivalente concentra uma das maiores coleções de arte moderna e contemporânea do mundo e uma biblioteca com um excepcional acervo de documentação e pesquisa sobre arte moderna. Além disso, organiza maravilhosas exposições temporárias, tornando-se um dos locais imperdíveis em nossas viagens a Paris. Ah! E não deixe de visitar sua excepcional livraria e a charmosa lojinha com vários objetos de design. Impossível resistir, não?

E como se não bastasse, sua arquitetura permite que desfrutemos da vista da cidade, não só ao subirmos as escadas rolantes externas, mas no último andar do prédio, onde se encontra ainda o famoso restaurante Georges, onde se pode degustar uma taça de champagne ou de vinho e, porque não, “la ville de Paris”. Ou seja, vale super a pena subir até o último andar pelas escadas rolantes de onde se vai apreciando a paisagem ao redor.

Foto Angela Nogueira

E aproveitando para conhecer a região, não deixe de flanar por seus arredores: a grande praça onde se encontra sua entrada, em forma de concha, é um verdadeiro teatro ao ar livre, onde artistas se apresentam gratuitamente, e também local de descanso de turistas e jovens estudantes.

Foto Angela Nogueira

No lado direito do museu, a pequena e imperdível Place Stravinsky.  Uma fonte com esculturas acionadas por motores, inaugurada em 1983, é projeto do artista Jean Tinguely para receber as coloridas esculturas e os móbiles de Niki de Saint Phalle, sua companheira. Essas obras, em ferro e em resina plástica, integram as famosas Nanas (garotas, em francês), características da obra desta artista singular. A fonte foi encomendada por Jacques Chirac a Pierre Boulez, fundador e diretor do Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica / Música (IRCAM). Essa obra e sua localização não são, portanto, destituídas de sentido: os mecanismos e o barulho da agua simbolizam a música e as cores das esculturas remetem às cores chaves do Beaubourg. Delícia descansar por ali vendo as esculturas se movimentarem e o desenho que as fontes fazem no ar…

Foto Angela Nogueira

Por último, na frente da fachada principal e mais à esquerda está a reprodução do atelier do grande escultor Brancusi, de origem romena, que viveu e trabalhou em Paris em atelier situado no bairro. Pouco antes de morrer, em 1957 ele doou ao Estado francês todo o seu estúdio (obras completas, esboços, móveis, ferramentas, biblioteca, biblioteca de discos, fotografias, etc.) atelier e suas obras, com a condição que ele fosse exatamente reproduzido em um museu. Inicialmente teve uma reconstrução parcial em 1962 dentro do Palais de Tokyo, sendo transferido em 1977 para um local em frente ao Centro Pompidou. No ano de 1990 sofreu uma inundação e foi fechado ao público. Sua forma atual é um espaço do museu que contém o estúdio, construído pelo arquiteto Renzo Piano, que teve como desafio tornar o espaço aberto ao público, respeitando os desejos do artista. Ele preservou a ideia de um espaço protegido e interiorizado, onde os visitantes estão isolados da rua e da praça, por um jardim fechado, de onde parte do estúdio pode ser vista através de uma parede de vidro. A coleção consiste de 137 esculturas, 41 desenhos, duas pinturas e mais de 1.600 placas fotográficas de vidro.

Uma curiosidade: Brancusi usava o ateliê não só como local de trabalho, mas também para pensar na relação entre suas esculturas e o espaço, e por isso as trocava de lugar em busca de uma configuração ideal. Além disso, quando vendia uma obra, colocava no mesmo lugar uma reprodução em gesso, o que nos permite hoje ainda respirar a sua atmosfera de trabalho.

Este ano o Beaubourg completa 40 anos e vai passar por uma restauração de 2 anos que pretende inclusive substituir a escada rolante externa localizada na fachada do prédio. E como sempre inovador, o museu vai permanecer aberto durante essas obras.

Para ver a programação do museu: www.centrepompidou.fr

Para saber mais sobre sua história: http://centre-pompidou-hda.pagesperso-orange.fr/grand1.html

TagsParis
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