Viaje Arte

Main Menu

  • Home
  • Artistas
  • Museus
  • Quem Somos
  • Contato

Viaje Arte

  • Home
  • Artistas
  • Museus
  • Quem Somos
  • Contato
Museus
Home›Museus›Elizabeth A. Sackler Center for Feminist Art, Brooklyn Museum

Elizabeth A. Sackler Center for Feminist Art, Brooklyn Museum

Por Angela Nogueira
junho 30, 2018
1413
0
Compartilhar:

Foto do site http://www.ennead.com/work/sackler

O Centro de Arte Feminista Elizabeth A. Sackler foi inaugurado em 23 de março de 2007 no Brooklyn Museum, sendo o primeiro espaço público do gênero no país dedicado a arte, teoria e ativismo feministas. Sua fundadora, Elizabeth A. Sackler, é historiadora, defensora dos indígenas americanos, ativista artística, membro honorário do grupo feminista Guerrilla Girls e, de acordo com o Women’s Media Center (WMC), “está transformando a percepção e a compreensão do público sobre a arte feminista do século XXI”.

Ao colocar a arte feminista numa tradicional instituição cultural como o Brooklyn Museum, abre-se um importante espaço fértil para escritores, pensadores, artistas e feministas se congregarem e dialogarem. Além de galerias dedicadas a uma programação regular de exposições de arte feminista, uma área de estudo informatizada e espaços adicionais para a apresentação de programas educacionais a públicos relacionados.

A Dra. Sackler além de ser a visionária por trás do Centro de Arte Feminista, atua também como Presidente do Conselho do Museu do Brooklyn e, em junho de 2014, tornou-se a primeira mulher a ser eleita para o cargo nos 200 anos de história da instituição de artes.

“Como este é um museu para todas as pessoas, tenho orgulho de ser a primeira mulher a presidir o Conselho de Administração.”   Elizabeth Sackler

O projeto do centro já recebeu diversos prêmios de arquitetura e design. Instalado no 4º. andar do museu, seus espaços ocupam mais de 700 m2, num ambiente atraente e interativo para conscientizar e educar as gerações futuras sobre o impacto do feminismo na cultura. O Conselho de Arte Feminista, formado por um grupo de membros, apoia a programação educacional e os demais programas públicos do centro, que conta ainda com um Fórum onde são desenvolvidos programas públicos e uma plataforma de defesa dos problemas das mulheres.

Seu projeto, concebido e desenvolvido pela premiada arquiteta Susan T. Rodriguez, FAIA, parceira da Ennead Architects, responde a sua missão de apresentar o feminismo de maneira acessível e relevante. Uma sequência de espaços cuidadosamente coreografada atrai o visitante a participar e se tornar parte da peça central do projeto: “The Dinner Party”, notável por elevar “o desempenho feminino na história ocidental a uma escala heroica tradicionalmente reservada aos homens”.

“A estratégia de design opõe-se intencionalmente à abordagem de galeria “caixa branca” normalmente aplicada à habitação de arte contemporânea. Em vez disso, a arquitetura envolve ativamente a arte, com o propósito distinto de aprofundar a apreciação e a conexão do visitante a ela”.   Susan T. Rodriguez, Design Partner

O design do Centro é concebido como uma série de camadas concêntricas: as paredes perimetrais do edifício original do século XIX, uma sequência de galerias de exposições temporárias que envolvem um ponto central, o santuário interno da galeria “The Dinner Party”.

Em março de 2012, o Centro de Arte Feminista Elizabeth A. Sackler comemorou seu quinto aniversário homenageando quinze mulheres contemporâneas com o Sackler Center First Awards. Os prêmios, concebidos por Elizabeth Sackler, são concedidos todos os anos a mulheres que quebraram uma barreira de gênero para fazer uma conquista e uma contribuição notável em seu respectivo campo de atuação.

A obra The Dinner Party

Foto do sete do Brooklun Museum

Desde 2007, o Centro tem sido o lar permanente do icônico trabalho feminista da artista Judy Chicago. The Dinner Party consiste numa instalação artística que reproduz um banquete simbólico homenageando 1038 mulheres artistas, pensadoras, rainhas, musas e deusas “esquecidas” pela história oficial. Numa mesa triangular, 39 lugares dedicados a mulheres eminentes, e sobre o piso, outros 999 nomes significativos ganham destaque.

A obra cumpre diferentes propósitos: recuperar a história de mulheres eminentes no ocidente e reinterpretar a Última Ceia (são 13 lugares em cada lado), resgatando a ancestralidade da Deusa Mãe, venerada em sociedades mais igualitárias, onde as mulheres detinham poder político e social. O desenho triangular da mesa também simboliza a vulva, representação que distingue o feminino, e os lados tem dimensões iguais para reafirmar a igualdade. Cada prato foi elaborado para uma personagem, em alusão à vagina, e as toalhas de mesa individuais identificam, através dos bordados, as homenageadas.

A artista desenvolveu a obra de 1974 a 1979 e contou com uma equipe formada por mais de 100 colaboradores, em sua maioria mulheres, que assumiram as tarefas de cortar, bordar, pintar, modelar, pesquisar, esmaltar. Artes tradicionalmente associadas ao fazer feminino e, portanto, pouco valoradas no sistema das artes, aqui resgatadas de forma inovadora.

“Dinner Party”, Judy Chicago. Fotos Angela Nogueira

Para quem quiser se aprofundar, o site do Brooklyn Museum fala detalhadamente sobre a obra, sua concepção, elaboração e manutenção. Super interessante!

https://www.brooklynmuseum.org/eascfa/dinner_party/home

A estratégia do projeto arquitetônico concilia a escala e a geometria triangular de “The Dinner Party” dentro da geometria retilínea da estrutura existente do museu. Esse espaço sagrado é delimitado por grandes paredes inclinadas revestidas por uma membrana de vidro, com aberturas nos vértices, que permitem ao visitante vislumbrar antecipadamente a peça. As paredes inclinadas forradas com placas de vidro refletem a arte e seus espectadores, expandindo a grandeza da obra e do espaço. Sua configuração nos convida a circular a mesa e nos debruçarmos sobre os trinta e nove lugares reservados, cada um celebrando uma mulher significativa na história.

Judy Chicago, cujo verdadeiro nome é Judy Cohen, adotou o sobrenome de sua cidade natal após a morte do pai e de seu primeiro marido, como uma forma de desconectar-se do domínio masculino que as convenções sociais pregam. Artista, feminista, escritora e intelectual. Pioneira do movimento feminista em artes plástica. Em 1961, fundou com Mirian Schapiro o Cal Arts no Chicago Institute of Arts para apoio à mulheres dedicadas às artes.

Entrevista com Elizabeth Sackler:

https://www.poetsandartists.com/magazine/2017/5/1/interview-with-elizabeth-a-sackler

Sobre o centro:

https://www.brooklynmuseum.org/eascfa/about

 

 

Artigo Anterior

Mulheres Radicais: Arte Latino-americana, 1960-1985

Artigo seguinte

Impressionistas em Londres: Artistas franceses no exílio ...

0
COMPARTILHAR
  • 0
  • +
  • 0
  • 0
  • 0
  • 0

Artigos relacionados Mais sobre o autor

  • Museus

    Sobre o MASP e Assis Chateaubriand

    agosto 9, 2017
    Por Sheila Veloso
  • Museus

    Neue Galerie NY

    outubro 16, 2017
    Por Sheila Veloso
  • Museus

    Museu e Jardim de Luxemburgo

    julho 4, 2017
    Por Sheila Veloso
  • Museus

    Centre George Pompidou: le Beaubourg!

    agosto 18, 2017
    Por Angela Nogueira

Recomendados pra você

  • ArtistasMuseus

    Museu Camille Claudel, Parte II

  • Artistas

    Ateliês Vienenses 1903-1932: A luxúria da beleza

©2017 ViajeArte. Todos os direitos reservados